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O impacto das festividades para a Saúde Mental

Joana Martinho, Psicóloga • 27 de dezembro de 2024

Está tudo bem em não estar bem no Natal.

Está tudo bem em não me identificar com esta época do ano.

Num período em que as festividades se tornam presentes, vimos reforçar a importância da reflexão sobre as suas particularidades e respetivo impacto na nossa saúde psicológica.

Em particular, a vivência do Natal e do Fim do Ano constituem momentos de análise introspectiva, nos quais se pondera o que é esperado sentir, se faz um balanço do que aconteceu ao longo do ano, questionando-se conquistas, perdas ou planos futuros.


A vivência desta época do ano revela-se um desafio à capacidade de regulação emocional. Com frequência somos levados pela envolvência e pressão gerada pela sociedade (luzes, músicas, presentes), pelos reencontros, pelas ausências relembradas, pela memória de momentos importantes da nossa vida, que podem desencadear diferentes sintomas desagradáveis.


O nível de importância que esta época assume para cada pessoa é diferente, o que pode refletir, por um lado, a vivência de sensações agradáveis (alegria, tempo de qualidade em família/amigos, partilha) e, por outro lado, de sensações desagradáveis, como por exemplo:  tristeza, ansiedade, desconforto, solidão, zanga, saudade, culpa, sobrecarga, desilusão, frustração, melancolia, entre outros.


A nossa saúde psicológica pode ser influenciada quando:

  • não nos identificamos com esta época do ano, ou coincide com acontecimentos stressantes;
  • estamos longe de pessoas importantes para nós;
  • somos forçados a conviver com pessoas com as quais se tem uma relação difícil;
  • relembramos memórias difíceis e surgem preocupações em relação ao novo ano.


Neste sentido, pretendemos reforçar o seguinte:

  • Valorizar o que é realmente importante para si;
  • Reconhecer e aceitar as suas necessidades e sentimentos: os seus sentimentos são válidos, está a fazer o melhor que consegue com as circunstâncias que tem;
  • Reconhecer e respeitar os seus limites: mais do que corresponder ao que esperam de si, ser fiel a si próprio;
  • Promover uma prática de autocuidado: incluir atividades que lhe fazem bem;
  • Evitar comparações: as redes sociais podem alimentar sensações desagradáveis em relação a si próprio e a este período;
  • Gerir relações, conflitos e expectativas: se há pessoas que não lhe estão a fazer bem nesta altura do ano, pensar em formas de manter a distância e evitar conflitos.


Cuidar de si e do seu bem-estar psicológico deve ser a sua maior prioridade, independentemente da época do ano.


O maior presente que precisamos é a Empatia uns pelos outros, a ausência de julgamento e o acolhimento das nossas escolhas e necessidades.

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