Os maus tratos podem ocorrer dentro e/ou fora do contexto familiar, com uma frequência variada e poderão existir sob múltiplas formas. Podem ser definidos como “qualquer forma de tratamento físico e(ou) emocional, não acidental e inadequado, resultante de disfunções e(ou) carências nas relações entre crianças ou jovens e pessoas mais velhas, num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança e (ou) poder. Podem manifestar-se por comportamentos ativos (físicos, emocionais ou sexuais) ou passivos (omissão ou negligência nos cuidados e (ou) afetos). Pela maneira reiterada como geralmente acontece, privam o menor dos seus direitos e liberdades afetando, de forma concreta ou potencial, a sua saúde, desenvolvimento (físico, psicológico e social) e (ou) dignidade” (Magalhães, 2005, p.33).
Os sinais de alerta são fundamentais, podendo envolver, entre outros:
Os maus tratos têm um impacto significativo na vida da criança ou jovem, podendo ter repercussões a diferentes níveis:
A manifestação do impacto dos maus tratos não é linear, sendo que a intensidade, duração e expressão dos sintomas depende de um conjunto de fatores e indicadores, nomeadamente o estádio de desenvolvimento da criança.
É de extrema importância a sensibilização das crianças e jovens para o que é ou não aceitável na relação com o outro, assim como a criação de um ambiente que transmita segurança, com relações de confiança com adultos que estejam do seu lado na procura de ajuda especializada.