Possivelmente já ouviu falar em crianças hiperativas e que nunca param quietas, certo?
Mas afinal, o que é uma criança hiperativa? Existe diferença entre uma criança hiperativa e uma criança agitada? A resposta é sim, e vamos mostrar-lhe tudo.
Na verdade, apenas um profissional de Saúde Mental poderá confirmar, ou não, se uma criança é hiperativa e dar o diagnóstico de Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção.
Venha conhecer a história da Joana e do Tomás:
💬 Joana – “Olá, eu sou a Joana e costumo ser muito agitada. Dizem que sou hiperativa e os meus pais já me levaram a vários médicos, mas eles dizem que sou só uma menina com muita energia e consigo estar atenta a tudo!”
A agitação psicomotora é caracterizada por um excesso de atividade motora, onde a criança tem pouca intencionalidade e domínio sobre os seus movimentos. Não significa que a criança seja “hiperativa”, mas pode desenvolver dificuldades na regulação e expressão emocional.
A agitação, por si só, não constitui um diagnóstico e faz parte de um desenvolvimento normativo saudável, uma vez que ajuda a expressão emocional e pode tratar-se de uma questão adaptativa. Pode manifestar-se num contexto específico de vida da criança, sendo fácil identificar a sua origem e não causa impacto significativo no funcionamento da criança. Embora a falta de atenção possa ser também um sinal de agitação, por norma a criança é capaz de se focar em tarefas que despertam o seu interesse.
💬 Tomás – “Olá, eu sou o Tomás e tenho PHDA. Os estímulos que estão à minha volta estão sempre a chamar a minha atenção, por isso tenho dificuldades em organizar-me e realizar as tarefas até ao fim. Às vezes também se torna difícil lidar com as minhas emoções e não consigo geri-las muito bem!”
É uma das perturbações do neurodesenvolvimento mais frequentes em crianças em idade escolar. Consiste em grandes dificuldades de atenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade, de intensidade e frequência inconsistente com a idade ou o nível de desenvolvimento.
Esta pode apresentar-se em três subtipos diferentes:
Principais sintomas/manifestações:
A PHDA afeta significativamente o desenvolvimento cognitivo, afetivo, comportamental, físico e social da criança, podendo impactar negativamente o seu desempenho académico.
Fatores de risco:
A PHDA não se manifesta da mesma forma em todas as crianças. Nem sempre está associada ao insucesso escolar, embora possa ser concomitante com dificuldades de aprendizagem. É uma perturbação comportamental e não um mero problema de indisciplina ou educação. Quanto mais cedo se identificar a PHDA, mais bem-sucedida será a intervenção terapêutica!
Agora já sabe, a Joana e o Tomás têm características muito parecidas, mas são crianças totalmente diferentes.
Uma criança pode ter muita energia e ser agitada e não ter PHDA, da mesma forma que uma criança com PDHA pode não demonstrar agitação motora. Não se deixe confundir pelas semelhanças!